As vezes tudo que eu queria era que o tempo passasse. Queria não ter cometido os erros que cometi. Queria nunca ter mentido. Queria nunca ter pecado. Mas qual seria a graça nisso ? Eu nunca aprenderia, eu nunca me magoaria, eu não seria mais humana.
Sim, eu já cometi erros. Fiz amizades erradas, confiei em quem não era confiável, errei de forma que pensei que nunca erraria. Eu me arrependo, mas não deveria ter deixado de fazer, pois foi todos os erros que me fizeram quem sou, foram esses erros que me impedem de comete-los de novo.
Me falam que eu devia parar de ser "a melhor", de querer o melhor pra quem gostaria de me jogar no inferno. Eu sei que não é bom ser ingênua, mas é isso que faz eu ser diferente de todos, mesmo que ninguém acredite em mim. Esses são meus piores erros, os erros de quem quer ser "perfeita" e bem... simplesmente não consegue.

Só tentando.

Não posso dizer que eu sou uma pessoa muito legal, porque isso é a ultima coisa do mundo que eu sou. Não posso dizer que eu não sou feliz, porque eu sou, e muito. Não posso dizer que sei fazer tudo do jeito certo, porque isso definitivamente, eu estou muito longe de fazer. Mas sabe de uma coisa? Eu não me importo. Eu sou a típica adolescente confusa, que não sabe direito quem é, ou o que quer da vida. Sou a típica pessoa que faz de tudo para não magoar ninguém e no final só faz coisa errada. Sou bem o tipo de pessoa que começa bem com todo mundo, e quando eu realmente mostro quem sou, ninguém mais me adora como antes. É bem simples assim. Não sei se isso é culpa minha, que sou assim tão insuportável, ou se são as pessoas que dizem que vão ficar do meu lado pra sempre, não importa o que e no dia seguinte nem fala mais oi pra mim. Pelo menos eu sei que tem gente que me suporta mesmo com minhas maluquices, com minhas manias e com tudo de ruim e bom que eu tenho.
Certo, nada do que eu escrevo faz sentido.

E hoje, aqui faz um ano. Um ano de alegria, um ano de criatividade e de terrores. Um bom ano. Uma boa mémoria. Esse ano que houve felicidades, que houve provas de amizade, que houve arrependimento, que houve decepções. Esse ano teve bons momentos. Teve boas palavras. Palavras que não foram ditas, nem escritas. Houve textos que não saíram da cabeça, e houve textos que falaram mais do que podiam. Eu quero agradecer esse ano de indo aos poucos a Beatriz Rodrigues de Oliveira, que sempre veio aqui e leu, e me ajudou sempre, e por mais que a distancia seja grande, ela ainda é uma amiga muito importante para mim. Um beijo a todos.

Eu não tenho problemas mentais. Eu não sou realmente bipolar. Eu não tenho hiperatividade. Eu só tenho uma única doença, e é a de pensar que ser feliz é o melhor para mim.

Eu não acredito que quando você conhece alguém, você não pode demonstrar sua felicidade ou sua tristeza do dia, só porque isso pode ser grosseiro. Eu não preciso deixar de fazer piadas só porque isso pode ser estranho. Eu realmente não me importo com o que você vai pensar de mim. Eu não nasci em uma caixinha. Eu não me encaixo nos padrões da sociedade. Nunca ninguém teve problema com isso.

Sim, posso ser irritante as vezes, mas sou tanto quanto você, porque todos nós irritamos, de um jeito ou de outro.

Cansei de ligar para o que os outros dizem, ou de me importar para o que os outros pensam. Eu sou quem sou.

Sorrir ao mar e dizer que ali existe um belo enxame de colinas de pedregulhos, pode não fazer o menor sentido pra você, mas para mim, é tão claro quanto a coisa mais escura existente.